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Ali Moini - Cie Selon l'Heure (Irão-França)

MAN ANAM KE ROSTAM BOVAD PAHLAVAN

 

MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL

15 e 16 de Maio às 21h30 (ter, qua)

 

Estreia Nacional

BILHETEIRA ONLINE

Técnica: Dança e marionetas Idioma: Sem palavras Público-alvo: +8 Duração: 55 min.

 

Workshop com Ali Moini de 8 a 12 de Maio. Informações aqui

 

No palco, o bailarino iraniano Ali Moini executa uma coreografia surpreendente, ligado a uma marioneta de metal, de tamanho humano, através de um sistema mecânico impressionante de cabos e roldanas. Cada movimento encontra o seu eco, visível nos movimentos da marioneta de metal, questionando o lugar do sujeito e do objeto, do criador e do seu avatar.

 

Man anam ke rostam bovad pahlavan (Herdei a minha glória por Rostam), provérbio iraniano e título do espetáculo, refere-se a um herói da mitologia persa, uma figura emblemática usada para denunciar a usurpação que alguém pode fazer do triunfo de outro, apropriando-se das suas qualidades e forças. As noções de duplo e identificação, mas também de força de vontade, raiva e aceitação estão no coração deste "solo".

 

Depois de My Paradoxical Knives, onde estava ligado a facas, e Lives, onde usava elásticos e ímanes, Ali aprofundou a sua pesquisa sobre o movimento através da criação de um duplo-marioneta. O duo de música eletrónica 9T Antiope, autores do universo sonoro, acompanham ao vivo o trabalho de Ali Moini.

 

"O projeto é uma plataforma, onde através de um sistema mecânico de roldanas a 100%, uma marioneta de tamanho humano e eu/performer, têm a possibilidade de interagir. A máquina funciona como um transmissor/tradutor de movimento, com o qual trabalharei com exigências, acordos, afetos, interseções, diferenças, transporte, hibridação, acompanhamento, raiva, violência, manipulação... entre eu e o meu duplo."
-Ali Moini

 

"(...) Torna-se, desta vez, no instrumento de uma maquinaria incrível e fascinante pelo seu impacto visual e pelas suas ligações entre a vida e a morte, construída por Julien Peissel. Ali Moini, com um figurino ligado por mosqueteiros e roldanas a um sistema de cordas complexo, e uma marioneta metálica, olham um para o outro. Cada movimento de dança obtém o seu eco na versão complexa do movimento da marioneta. Noções de duplo, espelho, questões de empatia e rejeição, fantasia de morte e tortura, ficam ligadas a este mecanismo infernal... "
-Rosita Boisseau, Le Monde 

 

"(...) A performance do artista iraniano Ali Moini foi um verdadeiro momento de graça e poesia, ao atuar com o seu alter ego com uma destreza notável. Ligados por uma rede densa de fios, Ali Moini e a sua personagem de metal desenvolvem um trabalho de diálogo, tornado possível pelos movimentos, pela fluidez e pelo vai-e-vem dos corpos. Tudo num ambiente muito sóbrio, que conferiu ainda mais magia a este momento aéreo e fora do tempo."
-Ouest France

 

"Ali Moini criou um duplo-marioneta com o seu tamanho, com segmentos de metal. Um conjunto muito complexo de cordas permite movimentos homólogos aos do próprio artista, e também aos do seu artefacto. O objetivo é muito bom, reabrindo todas as questões sobre a representação de si mesmo no mundo, para os outros, mas também para si próprio. E o princípio da separação, que assombra a ideia moderna da dança, desde o fulgurante tratado de Kleist sobre o teatro de marionetas. (...) As evoluções físicas de Ali Moini são feitas muito meticulosamente, pela complexidade do seu mecanismo.”
-Gérard Mayen, Mouvement

 

“(...) Man anam ke rostam bovad pahlavan poderia ser a criação de um mobile de carne de Calder, com mecanismos aparentes, mas gestos imprevistos. Perante os nossos olhos ganha forma um estranho dueto, quase incestuoso, mas certamente impressionante, porque entre eles o gesto é palpável."
-Céline Gauthier, Maculture.fr 

BIO

Ali Moini nasceu em 1974 em Shiraz, no Irão. É cantor, bailarino, ator e compositor. Integra com 17 anos a Jovem Orquestra de Shiraz e, simultaneamente, faz a sua formação em canto lírico e composição musical. Em 1997 juntou-se ao Mehr Theater Group, como ator e compositor, onde participa em vários espetáculos, destacando-se Dance on Glasses, que foi apresentado mais de oitenta vezes no Médio Oriente, na Europa, América do Sul e América do Norte. Formou-se em Teatro na Soureh High Educational University de Teerão. 
Em 2009 terminou o Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica (PEPCC) do Forum Dança, em Lisboa, onde partilhou as suas pesquisas com criadores e pensadores como André Lepecki, Deborah Hay, Emmanuelle Huynh, Jeremy Nelson, João Fiadeiro, Julyen Hamilton, Lisa Nelson, Mark Tompkins, Meg Stuart, Loïc Touzé, Vera Mantero... Neste contexto criou o solo My Paradoxical Knives, que foi apresentado no Tanzquartier Wien, Théatre National de Chaillot, Montpellier Danse, Fondation Cartier, BAC Genève, entre outros. 
Em 2012 é convidado pelo Montpellier Dance Festival para criar a peça it shocks me but not you. Um extrato deste espetáculo, o solo talking in/to myself, é apresentado nesse ano no Festival d’Automne, em Paris. 
Em 2013, Lives, a sua colaboração com o artista plástico Fred Rodrigues, é criada no âmbito do programa New Settings da Fondation Hermès, no Théâtre de la Cité Internationale. Ali concluiu o mestrado em Performance e Coreografia no programa ESSAI no CNDC (Angers). Em 2014 e 2015 foi intérprete do espetáculo de Hooman Sharifi, Every order eventually looses its terror
Em 2016 cria Man anam ke rostam bovad pahlavan, a convite do Montpellier Danse Festival e do programa New Settings. Na primavera de 2017 iniciou um período de pesquisa com o apoio do Institut Français, de Tanzhaus nrw Dusseldorfe e de EMPAC para preparar Gaugemancy, com estreia prevista a 2 de outubro de 2018 em La Passerelle Scène Nationale de Saint Brieuc.

 

FICHA ARTÍSTICA

Conceção e interpretação: Ali Moini Cenografia: Julien Peissel, Ali Moini Dispositivo mecânico: Julien Peissel Desenho de luz: Stéfane Perraud Composição e música ao vivo: Sarah Bigdeli Shamloo & Nima Aghiani (9T Antiope) Figurino: Valentine Solé Direção de cena: Samson Milcent Aconselhamento dramatúrgico: Thibaud Croisy Fotografias: Alain Scherer Produção: Cie Selon l'Heure Coproducão: Festival Montpellier Danse, La Passerelle Scène Nationale de St Brieuc, La Filature Scène Nationale de Mulhouse Residência artística: Espace Pasolini, Centre National de la Danse Apoios: Fondation d’entreprise Hermès, no âmbito do programa New Settings; DRAC Ile-de-France - Aide au Projet 

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