PRÓXIMA ANTERIOR

Dr. Faustus

A Tarumba

de Christopher Marlowe

 

A primeira produção da Tarumba foi “Dr. Faustus”, de Christopher Marlowe. Estreou no Teatro da Trindade a 2 de dezembro de 1994, no âmbito da sétima edição dos Festivais de Outono.


Os ensaios tiveram início em 1993 no Operário Futebol Clube, no bairro da Graça, primeiro espaço ocupado pela companhia.


Até 1996 foi apresentada em vários espaços do País. Esteve em digressão no âmbito do programa de difusão do Ministério da Cultura. Em Lisboa foi ainda apresentado no Teatro O Bando (na antiga Sala Estrela 60), onde fez parte da iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian “Teatro uma vez por mês”. Na Sociedade Boa União, em Alfama, teve várias temporadas com lotações permanentemente esgotadas. “Dr. Faustus” foi ainda apresentado na Casa das Artes, em 1996, no âmbito do Festival Internacional de Marionetas do Porto.

 

Encenação concebida para um conjunto de doze marionetas animadas por fios, contando a lendária vida do famoso mago alemão de origem obscura, “Johann” ou “George Faust”.

 

Graças a Mefistófeles, tudo lhe é possível, levando uma vida opulenta, servido por espíritos invisíveis. “Aprende agora comigo a rasgar nuvens, a sacudir a terra e os escarpados rochedos, aprende a encrespar os mares, a fazê-los rugir e saltar do seu leito... Aprende Fausto a voar como eu voo, rápido como o pensamento de um reino para o outro.”

 

Verdadeiros atores de madeira, maravilhosamente vestidos, animados por complexos sistemas de fios: encheram plateias, levando o público a confundi-los com verdadeiros atores, partilhando a alegria, a dor, a tristeza, a felicidade e o drama de Fausto.

 

"Novidade absoluta em Lisboa e nestes Festivais de Outono, foi a estreia, a 2 de Dezembro, de Dr. Faustus (na foto), pela Tarumba - Teatro de Marionetas. (...) Parte dos manipuladores da Tarumba vem das Marionetas de S. Lourenço, mas não trouxeram para o novo grupo o método de manipulação de Helena Vaz e José Alberto Gil (...). Exclusiva e eficazmente manipulados com fios (...). O texto em que se apoia o espectáculo é do isabelino Marlowe, que termina com Fausto arrependido e não inclui a figura de Margarida, mas, em compensação, tem dois graciosos tipo clown que impõem à peça uma certa componente didáctica. Restam ao espectador três oportunidades (...) para ver este grupo que se apresenta com uma imagem forte e (...) busca um espectador exigente, culto, adulto. Oxalá o encontre."
-Manuel João Gomes (Público, 9 de Dezembro de 1994)

 

"Até ao próximo dia 23 ainda vai poder ver, na sala estúdio do Teatro da Trindade, esta peça de Marlowe, na sua versão para marionetas. A Tarumba (...) está de parabéns, pois conseguiu contar a história do homem para quem tudo é possível, já que vendeu a alma a Lúcifer e tem Mefistófeles para conseguir tudo o que quer. Quando Lúcifer vem buscá-lo, Faustus arrepende-se, mas é demasiado tarde... O espectáculo prima não só por uma boa manipulação dos bonecos, como também por soluções cénicas simples e eficientes: bolas de sabão, boa utilização do espaço cénico e o aparecimento de um ratinho branco que dá toda a credibilidade ao laboratório do Dr. Faustus. Pelo seu horário, 19.15h, esta peça pode ser vista por toda a família. As crianças vão delirar com as marionetas e os adultos podem admirar um espectáculo em que texto e encenação estão em perfeito equilíbrio. A não perder."
-Semanário (dezembro de 1994)

 

"Vimos Dr. Faustus, de Christopher Marlowe (1564-1593), pela novel companhia A Tarumba, colectivo marionetístico que integra ex-elementos da saudosa Companhia de Marionetas de São Lourenço. Trata-se de um espectáculo eficaz, com clima, de grande nível, tanto técnico como artístico, com direcção e encenação excelentes, de Luís Vieira (...)."
-Fernando Midões (Diário de Notícias, dezembro de 1994).

 

"Em Alfama, retomando as tradições cénicas da Boa União, a Tarumba - um grupo com (...) muita prática em matéria de manipulação - repõe Dr. Faustus. Até ao fim do ano."
-Manuel João Gomes (Público - Caderno Zap, 22 de dezembro de 1995)

 

FICHA ARTÍSTICA
Direção artística, encenação, cenografia, adaptação musical e marionetas: Luís Vieira Atores-manipuladores: Margarida Rodrigues, Fernanda Cruz, Rute Ribeiro, Luís Vieira Adereços e assistência de cena: António Lino, Valdemar Pinto Design e figurinos: João Cardoso, Luís Vieira Mestra de costura: Elvira Martins Operação de luz e som: Paulo Figueiredo / João Lencart e Silva Fotografia: Alípio Padilha, Luís Vieira Técnica: Marionetas de fios

x