Livsmedlet Theatre (Finlândia)

SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Sala Mário Viegas

21, 22 e 23 de maio às 19h (ter, qua, qui)

^{Estreia Nacional}

_{BILHETEIRA ONLINE}

_{Técnica: Figuras em miniatura e objetos Idioma: Sem palavras Público-alvo: +12 Duração: 50 min.}

Nas nossas costas, o outro lado do deserto. Subindo a montanha, descemos na nossa espinha. 
Sobre o mar, mesmo debaixo do nosso nariz. No dia em que rebentou a guerra, saímos de casa.

Em Invisible Lands (Terras Invisíveis), a companhia de teatro visual Livsmedlet Theatre apresenta um encontro único entre teatro de marionetas e coreografia. 

Corpos transformam-se em paisagens para figuras no exílio. As personagens, em miniatura, e filmadas ao vivo com minicâmaras, fogem da guerra e da miséria. Viajam por terras desoladas ou áreas fortificadas. Estes refugiados revelam a longa migração, inscrita no fundo das suas almas e corpos. O triste relato de milhares de exilados... à flor da pele.

A dupla Falke e Lindgren propõe uma representação poética e intimista sobre os refugiados de um país não identificado (o espetáculo usa por vezes um idioma imaginado), em direção à Finlândia. Uma história sobre os que são forçados a deixar as suas casas para se poderem salvar. Os intérpretes tiram gradualmente a sua roupa, revelando e transformando os seus corpos em paisagens desconhecidas. As suas costas, joelhos e mãos são transfigurados em mares, terras montanhosas e desertos, através dos quais as figuras personificadas em miniatura - vítimas do comportamento humano inconsciente - estão a entrar nas suas novas vidas.

Livsmedlet tem trabalhado desde há algum tempo com diferentes técnicas que combinam a manipulação de figuras em miniatura com o uso de corpos humanos como cenografia: Aos poucos, desenvolvemos uma técnica de manipulação e de performance. Inspirámo-nos no romance de Italo Calvino, "As Cidades Invisíveis", e descobrimos que podemos criar vários locais imaginários, tal como as cidades imaginárias descritas no livro de Calvino.

Invisible Lands estreou na Finlândia em 2015 e, desde então, já foi apresentado na Estónia, Polónia e França, Eslovénia, Alemanha, Noruega, Rússia e Reino Unido. Ganhou o prémio de melhor encenação no Festival Banialuka, na Polónia, em 2018.

^{"É provavelmente a performance mais extraordinária que já vi, e uma das mais interessantes experiências teatrais que já tive (...). É puro teatro físico. A colaboração entre Sandrina Lindgren e Ishmael Falke é admiravelmente forte e intensa, a sua dinâmica é excelente." - Jaakko Virrankoski, Extempore Kulttuuriblogit}

^{"Um espetáculo fascinante, estou sem palavras. A ligação entre o corpo humano e a imaginação é perfeita!" - Katri Leikola, Paljon melua teatterista}

^{“O melhor de tudo foi Invisible Lands (★★★★★). A história dos refugiados representada por pequenas figuras (...), delicada e vulnerável, enquanto fogem da sua casa devastada pela guerra. O que torna o espetáculo extraordinário é o caminho que percorrem. Cada passagem de montanha, penhasco com neve, a extensão do deserto ou viagens noturnas de autoestrada, são criadas pelos próprios corpos de Ismael Falke e Sandrina Lindgren (...). É magistralmente bem executado (...)”. - Mark Fisher, The Guardian}

_BIO

O grupo Livsmedlet Theatre é o resultado da colaboração entre o marionetista Ishmael Falk e a bailarina Sandrina Lindgren. Os dois artistas combinam as suas formas não convencionais de contar histórias, materiais e métodos de trabalho com a dança, o teatro físico e a marioneta contemporânea.

Ismael Falke é marionetista, argumentista e encenador. Nasceu em Israel e formou-se em teatro de marionetas na Arts Academy of Turku, na Finlândia. Trabalha profissionalmente desde 2005. Já encenou espetáculos em vários locais, desde teatros a sítios insólitos, da Finlândia à Palestina e ao Brasil, colaborando com artistas de diferentes disciplinas e nacionalidades. Falke também publicou peças teatrais e trabalha como professor na área do teatro de marionetas contemporâneo.

Sandrina Lindgren nasceu em Estocolmo e trabalha em Turku desde 2014. É bailarina e criadora teatral, circulando por vários espaços e géneros artísticos, como a dança, o teatro visual e site especific. No coração do seu trabalho está a curiosidade pelo papel do corpo na sociedade atual. Sandrina tem um BA em dança moderna pela Amsterdamse Hoogeschool voor de Kunsten e também estudou teatro com o Clipa Theatre em Telavive, e coreografia na SNDO - School for New Dance Development em Amsterdão.