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Agnès Limbos - Cie Gare Centrale (Bélgica)

RESSACS

 

TEATRO DO BAIRRO

2 a 5 de setembro às 21h30 (qua a sáb) 

Bilhetes: 8€ / 6€ (se comprar 3 ou mais bilhetes para os espetáculos no Teatro do Bairro). +info

BILHETEIRA ONLINE

Técnica: Teatro de objetos Idioma: Inglês Público-alvo: +12 (A classificar pela CCE) Duração: 55 min.

Apoio à deslocação: Wallonie-Bruxelles International (WBI)

 

Um casal em crise, à deriva, num pequeno barco em alto mar. Presos na tempestade, eles perderam tudo: a casa, "a beautiful house in a residential area", o carro chique comprado a crédito, o jardim francês “with so marvellous roses”, o whisky às 18h. O banco ficou com tudo. Só Jesus os pode ajudar, pensam eles, vir em seu auxílio e trazer-lhes a sua “colour TV”. Apelam-lhe num emotivo gospel e acabam por encalhar numa ilha, onde os recursos naturais não são explorados pelos seus habitantes. 
Durante a noite, em sonhos, passam as caravelas de Colombo, acompanhadas pela música das grandes conquistas marítimas...
Uma mesa e o uso inventivo e surpreendente de objetos. Alguns acordes de trompete inebriantes, uma boa dose de humor e ironia feroz e embarcamos com este peculiar casal à beira de um ataque de nervos.

A grande mestre do teatro de objetos, Agnès Limbos, e o trompetista Gregory Houben colaboram desde Ô!. Deste espetáculo nasceu Troubles, ambos apresentados em estreia nacional no FIMFA (2008, 2010). Em Ressacs, assinam a terceira parte das aventuras trágico-cómicas do casal recém-casado de Troubles, ou como tendo por pano de fundo a crise e o superendividamento, a história de um casal perdido pode retratar a sociedade atual, onde os extremismos ganham protagonismo. Para além do humor, uma crítica à sociedade de consumo, aos excessos do capitalismo e ao colonialismo. A não perder!

 

"É Incrível o que alguns objetos podem contar quando são tratados com humor e como uma partitura. Ressacs é um teatro de objetos cheio de humor e fora do comum, que diz muito com muito pouco e transgride a gravidade de um destino trágico a priori. Um espetáculo trágico-cómico da Compagnie Gare Centrale (...). Através do destino um tanto absurdo das duas figuras, somos mergulhados na tragédia colonial, na corrida frenética pelo poder e como obtê-lo. Muito bom."
-Blanche Tirtiaux, Demandez le programme

 

"Ressacs, com o olhar de Françoise Bloch, mostra um retrato realista e cheio de humor do casal americano da classe média."
-Laurence Bertels, La Libre Belgique

 

"(...) Do gospel surrealista à serenata, eles levam-nos pela colonização, pela conquista tecnológica, pela Crise, para nos lembrarem que vamos recuperar e que aquilo que hoje parece catastrófico é, afinal, muito pouco. Ao brincarem com os nossos infortúnios, tal como crianças, por vezes fazem-nos rir, mas, ainda mais impressionante, transmitem-nos um fascínio feliz durante todo o seu cabaret de curiosidades.
São pequenos objetos e grandes ideias que povoam Ressacs. É o Homem que navega à mercê das marés. Este homem que pode ser mau, odioso e egoísta, mas acima de tudo, este homem cheio de coragem. Então, para nos darem esperança e nos conscientizar da vaidade dos adultos e da sua sede de posse, Limbos e Houben convidam-nos a ganhar altitude, a rir de nós mesmos e a nos observarmos com olhos espantados, olhos de crianças. Queremos mais!"
-Mathieu Peirera, Le Suricate Magazine

 

"Um tsunami de fantasia atingiu o Théâtre Nacional com Ressacs de Agnès Limbos e Gregory Houben. Atores, contadores de histórias e manipuladores do seu mundo em miniatura, os dois criadores, que não se levam muito a sério, animam um universo surrealista que reflete uma sociedade de consumo que está à deriva. Poético e cheio de humor, Ressacs leva o público a bordo durante uma hora, que passa como um sonho."
-Lise Ange, Théâtrorama

 

"Em Ressacs (****), da Compagnie Gare Centrale da Bélgica, a brilhante e muito reputada intérprete belga Agnès Limbos, e o seu parceiro de palco Gregory Houben transformam-se num casal que representa a civilização ocidental na sua forma mais frágil e agressiva.
Sentados numa mesa povoada por objetos simples, evocam uma série de mundos, enquanto o casal perde o seu modo de vida suburbano convencional e depois se recupera numa ilha deserta, que começam a dominar e a explorar como uma rainha e um imperador coloniais e, finalmente, entram em grande nos combustíveis fósseis, até que tudo explode em cima deles. Que par de darlings eles são, estas arquetípicas personagens do primeiro mundo; e quão totalmente letais (...)”.
-Joyce McMillant, The Scotsman

 

"De uma forma peculiar e burlesca, Agnès Limbos e Gregory Houben criticam a nossa sociedade de consumo em excesso e identificam as consequências desastrosas da crise dos subprimes que levou muitos à falência (...). Inventivo, refrescante e cheio de humor. "
-Muriel Hublet, Plaisir d’offrir

 

BIO

Agnès Limbos é considerada “a papisa do teatro de objetos”. Nasceu em Huy, na Bélgica, e passou parte da sua infância em África. Estudou Ciências Políticas e Filosofia. Após um percurso autodidata, que incluiu o trabalho como marionetista no Thèâtre Toone em Bruxelas, e atriz no Théâtre des Jeunes de la Ville de Bruxelles, ingressou na escola de Jacques Lecoq em Paris. Depois de várias colaborações com muitas companhias e criadores fundou a Cie Gare Centrale em 1984, tendo-se especializado numa forma teatral particular: o teatro de objetos. A companhia, para além da criação de espetáculos, organiza formações, ateliês sobre teatro de objetos, participa em laboratórios internacionais e em residências de investigação com outros artistas deste tipo de linguagem teatral. Entre 2002 e 2008 produziu um festival bianual em torno do teatro de objetos em Bruxelas. Em mais de trinta anos a companhia criou um importante repertório, apresentado em todo o mundo. Desde a sua criação, os espetáculos têm sido distinguidos em numerosos festivais internacionais, e já foram apresentados em mais de vinte e cinco países. Agnès trabalha como autora, encenadora e professora, tendo lecionado na École Nationale Supérieure des Arts de la Marionnette, entre outras instituições, acompanhando jovens criadores no seu percurso artístico.
Os seus espetáculos já foram por diversas vezes apresentados no FIMFA, desde 2008, e dirigiu também três workshops no âmbito do Projeto Funicular, programa de formação internacional desenvolvido pela Tarumba. 
Agnès Limbos desenvolve uma abordagem pessoal como atriz-criadora. Através de uma linguagem visual em constante evolução, diverte-se a reunir, no universo por ela inventado, fantasia e realidade, tragédia e humor.

 

 

FICHA ARTÍSTICA

Criação e interpretação: Agnès Limbos, Gregory Houben Olhar exterior e apoio à dramaturgia: Françoise Bloch Música: Gregory Houben Cenografia: Agnès Limbos Desenho de luz: Jean Jacques Deneumoustier Figurinos: Emilie Jonet Conceção e realização ferroviária: Sébastien Boucherit Visuais: Alice Piemme sob um céu de Antoine B. Apoio técnico: Nicolas Thill, Thom Luyckx (em alternância) Direção de cena: Nicole Eeckhout Assistência técnica nos ensaios: Gaëtan van den Berg, Alain Mage Apoio à construção: Didier Caffonnette, Gavin Glover, Julien Deni, Nicole Eeckhout Efeitos especiais: Nicole Eeckhout Fotografias: Alice Piemme Administração e produção: Sylviane Evrard Coprodução: Lindenfels Westflügel, Internationales Produktionszentrum für Figurentheater (Leipzig, Alemanha), TJP - Centre Dramatique National d’Alsace-Strasbourg, Théâtre de Namur Apoios: TANDEM Arras-Douai, Théâtre National (Bruxelas), Mouffetard - Théâtre des Arts de la Marionnette (Paris), l’ANCRE - Charleroi, Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes de Charleville-Mézières, Fédération Wallonie-Bruxelles - Sevice du Théâtre, Wallonie-Bruxelles International (WBI)

 

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