Formiga Atómica (Portugal)
A CAMINHADA DOS ELEFANTES
29 e 30 de agosto às 19h (sáb, dom)
Bilhetes: 8€ / 6€ (se comprar 3 ou mais bilhetes para os espetáculos no Teatro do Bairro). +info
Técnica: Objetos Idioma: Português Público-alvo: +6 Duração: 50 min.
Este espetáculo conta a história de um homem e de uma manada de elefantes. Quando o homem morre, os elefantes fazem uma caminhada misteriosa a sua casa, para lhe prestar uma última homenagem: não era um homem qualquer, era um deles.
A Caminhada dos Elefantes é sobre a existência, a vida e a morte, e o caminho que todos temos de fazer, um dia, para nos despedirmos de alguém. Um espetáculo que reflete sobre o fim, que é um mistério para todos nós, crianças ou adultos.
A Caminhada dos Elefantes foi antecedido por um extenso trabalho de pesquisa junto de cerca de 200 crianças com idades entre os 6 e os 10 anos, através da realização de encontros e oficinas. O material recolhido serviu de inspiração e conteúdo para este espetáculo, que o FIMFA teve o privilégio de apresentar em 2014.
“Quisemos criar um espectáculo sobre a morte para crianças e famílias. Não porque tenhamos uma qualquer obsessão mórbida pelo tema, mas antes porque sentimos que era um assunto sobre o qual ninguém queria falar, muito menos com as crianças. A morte é talvez o último grande tabu dos nossos tempos. A ignorância perante a morte é universal. É uma questão que nos deixa a nós, adultos, muito desconfortáveis e inseguros. E essa insegurança é pressentida à distância pelas crianças. Elas também têm questões. Mas têm poucos ou nenhuns interlocutores para conversar sobre o assunto e normalmente compreendem que é um tema proibido (...).
O resultado a que chegámos é um espectáculo que, seguindo uma história verídica - a história do conservacionista sul-africano Lawrence Anthony e da sua relação de amizade com uma manada de elefantes -, abre de vez em quando espaço para reflectir sobre as grandes questões em torno da morte: para onde se vai, o que acontece, que rituais fazem os vivos, que crenças acerca da vida depois da morte, ou porque é que a morte existe. Estas reflexões são feitas com recurso a imagens e a objectos que pertencem ao imaginário das crianças e que são manipulados por vezes com humor, mas sempre com a naturalidade que é própria do tema. Porque afinal, como as crianças nos disseram muitas vezes, a morte faz parte da vida, mesmo que não se fale sobre isso.”
- Miguel Fragata e Inês Barahona
“A Caminhada dos Elefantes é uma peça de teatro para crianças e famílias em que a morte surge como tema central, desmistificando a forma como é encarada pelas crianças. Pretende proporcionar uma experiência de natureza estética e artística que desencadeie na mente das crianças um processo reflexivo assente na sensibilidade e nas emoções. Procura-se, através do teatro, que as crianças acedam a questões mais complexas e que as possam desconstruir, simplificar e compreender.”
-rostos.pt
“A Caminhada dos Elefantes pretende pôr duas gerações a dialogar sobre a existência e a perda. Absolutamente a não perder."
-Catarina Figueira, Time Out
“Oscilando entre a vida e a morte (e as suas representações), em cena aberta ou em quatro abrigos estendidos em direcção ao céu, a Companhia Formiga Atómica levanta delicadamente o véu sobre um assunto que permanece um mistério: o da morte. Como dizer adeus a um ente querido, amigo ou parente? Como conversar com as crianças sobre essa perda dolorosa que faz parte da vida?
Uma bela proposta que traz as perguntas das crianças para um momento de troca. Contando com um conjunto relevante de apresentações internacionais, este espectáculo sensibiliza as gerações mais jovens e coloca questões sobre as preocupações da nossa sociedade actual.”
-Paula Gomes, theatreactu.com
“Sozinho no palco, Miguel Fragata, jovem artista português, transporta-nos numa maravilhosa jornada pela vida e pelo além. Graças a uma cenografia elaborada, o delicado assunto da morte é abordado com gentileza e humor.
Um conto em que poesia e jogo de luzes, véus, imagens e figurinhas servem como uma descrição imaginativa e pungente do trabalho de separação necessário no momento da perda de um ente querido.”
-Vosges Matin
BIO
A Formiga Atómica é uma companhia de teatro, fundada e dirigida por Miguel Fragata e Inês Barahona. As suas criações inscrevem-se em questões contemporâneas e destinam-se a todo o público. Os espectáculos da Formiga Atómica são habitualmente antecedidos por períodos de pesquisa motivados pela questão e/ou públicos que abordam. Entre as suas criações destacam-se “A Caminhada dos Elefantes” (2013), “The Wall” (2015), “A Visita Escocesa” (2016), “Do Bosque para o Mundo” (2016), “Montanha-Russa” (2018) e “Fake” (2020).
A companhia circula regularmente pelo território português, mas também francês e belga, tendo concebido versões francesas de dois dos seus espetáculos, “La Marche des Éléphants” (2016) e “Au-Delà de la Forêt, Le Monde” (2017, espetáculo de abertura do Festival de Avignon (2018).
FICHA ARTÍSTICA
Encenação: Miguel Fragata Texto: Inês Barahona Interpretação: Miguel Fragata Cenografia e figurinos: Maria João Castelo Música: Fernando Mota Luz: José Álvaro Correia Direção técnica: Pedro Machado Produção: Clara Antunes e Luna Rebelo / Formiga Atómica Fotografias: Filipe Ferreira, Susana Paiva Coprodução: Formiga Atómica, Artemrede - Teatros Associados, Centro Cultural Vila Flor, Maria Matos Teatro Municipal, Teatro Viriato Estrutura financiada por: República Portuguesa - Ministério da Cultura | DGArtes