Johanny Bert - Théâtre de Romette (França)
LA (NOUVELLE) RONDE
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Sala Luis Miguel Cintra
23, 24 e 25 de maio às 20h (qui, sex, sáb)
Estreia Nacional
⇨ COMPRAR BILHETES Bilhetes: 12€ a 15€ (com descontos) Abrangido pelo Passe Cultura - disponível apenas na bilheteira do Teatro +info
Técnica: Marionetas hiper-realistas, manipulação à vista Idioma: Francês, com legendagem em português Público-alvo: +16 (A classificar pela CCE) Duração: 105 min.
E se falássemos de amor(es)?
Um espetáculo estético e politicamente provocador, com uma manipulação prodigiosa, hilariante, poético e ousado, que é uma ode à liberdade e ao amor, e é um dos grandes destaques do FIMFA Lx24!
A nova criação de Johanny Bert lança um olhar sensível e cheio de humor sobre a pluralidade das nossas práticas sexuais e amorosas, inspirando-se na peça A Ronda de Arthur Schnitzler, censurada em 1897 pela sua abordagem às relações eróticas. Yann Verburgh reescreveu totalmente a obra, com base na estrutura original: histórias entrelaçadas de encontros íntimos.
As marionetas hiper-realistas são manipuladas à vista por uma equipa de jovens atores, que acabam por se tornar numa única entidade viva com as suas marionetas de látex. A diversidade dos corpos pretende refletir a pluralidade dos seres e das vidas, reunidos neste mosaico de histórias poderosas e comoventes. A encenação coral e cinematográfica permite-nos passar de um encontro para o outro, revelando o que nos une nas nossas diferenças: o amor, muito simplesmente.
Após o sucesso de HEN, em que Johanny Bert arrebatou o público com a sua diva-marioneta furiosa e viril num espetáculo ao estilo de um cabaré berlinense dos anos 30, fundido com a cena queer, (e apresentado no FIMFA Lx22), não é de surpreender que se tenha agora inspirado na peça censurada de Arthur Schnitzler, e leve os amantes numa alegre e sensual ronda contemporânea.
Johanny Bert continua a explorar as identidades sexuais numa série de encontros amorosos que deixam o campo aberto a todas as possibilidades: bissexualidade, poliamor, assexualidade, amor transgénero... Nesta valsa de amor, os casais fazem-se e desfazem-se entre as personagens desta La (Nouvelle) Ronde de diferentes idades.
"Esta ronda contemporânea de novas formas de amar, acompanhada pela vibrante guitarrista Fanny Lasfargues, exibe uma força estética incomparável, com marionetas cuja textura faz lembrar os corpos pintados por Lucian Freud, e um domínio técnico que estabelece definitivamente Johanny Bert como o marionetista mais inventivo e ousado da sua geração. A sua obra é política, poética e divertida." - Thierry Voisin, Télérama
"Aqui, é a marioneta que questiona a sexualidade do homem e, mais amplamente, a sua identidade (...). Esta (nouvelle) ronde é uma delícia de assistir, com as suas invenções formais (...). Tudo nesta peça desliza com uma fluidez elegante, desde a cenografia à identidade sexual e ao amor (...). É um deleite, uma grande dança de amor e liberdade." - Anaïs Heluin, sceneweb.fr
"Celebrando o amor em todas as suas formas, o espetáculo não é apenas extraordinariamente hilariante, mas também admiravelmente inteligente do ponto de vista político e extremamente inventivo (...). Com esta nova criação, Johanny Bert atinge um nível que o coloca entre os jovens encenadores mais destacados da cena francesa." - Bruno Deruisseau, Les Inrocks
"Tão delicioso, quanto político (...). Inteligência afiada e humor devastador (...). Um deleite visual, cénico e de marionetas. Esta proposta tentadora é servida por um espetáculo formalmente magistral, repleto de boas ideias (...), utilizadas com grande eficácia e competência. As marionetas são obviamente o centro das atenções. São de uma perfeição ímpar (...). Do ponto de vista visual, são um êxito total, e a fluidez com que são manipulados reflete também um excelente domínio da sua construção, enquanto instrumentos de interpretação (...). Em conclusão, La (Nouvelle) Ronde é um espetáculo extremamente inteligente, muito bem escrito e apoiado por um elenco de jovens atores talentosos (...). Um espetáculo utópico cujo lema poderia ser: 'Se tivermos coragem de sermos nós próprios, podemos mudar o mundo'. Um belo aforismo para uma obra que nos convida a aceitar que o amor se reinventa." - Mathieu Dochtermann, Toute la Culture
BIO
Johanny Bert é ator, marionetista e encenador. Ao longo do seu percurso artístico desenvolveu uma linguagem teatral singular: o confronto entre o ator, o objeto e a forma marionetística. Cada criação é uma nova pesquisa, a partir de textos contemporâneos (encomendas, textos inéditos ou textos de repertório) ou de um universo plástico construído em equipa no palco. Gosta de trabalhar com intérpretes de diferentes disciplinas (atores, bailarinos, cantores, músicos, etc.). Certas dramaturgias orientam-no para um diálogo entre o humano e o inanimado, como nas artes da marioneta, mas não quer estar limitado a uma categoria: teatro para jovens, teatro visual, teatro de marionetas... e cria por intuição, com uma forma de liberdade insolente, guiada por um tema ou objetivo.
Fundou a companhia Théâtre de Romette em 2000, um espaço experimental de criação para atores e marionetas. Entre 2012 e 2015, dirigiu o Centre Dramatique National de Montluçon - Le Fracas e em 2016 retomou ao trabalho de criação. Foi artista associado de Clermont-Ferrand, 2016 a 2018, e de Bateau Feu - Scène Nationale de Dunkerque, 2018 a 2021.
Entre as suas produções mais recentes destacam-se La (Nouvelle) Ronde, estreada no Théâtre de la Ville (2023), HEN (2019), apresentada no FIMFA Lx22, Le Petit Bain (2017) no Théâtre Nouvelle Génération - CDN de Lyon e Dévaste-Moi (2017) com Emmanuelle Laborit em coprodução com IVT - International Visual Theatre. Em outubro de 2019, encenou Les Sea Girls au pouvoir, um espetáculo musical feminista singular. Em 2020, criou Frissons para o Théâtre Sartrouville Yvelines CDN/Festival Odyssées en Yvelines, um novo texto de Magali Mougel, depois dirigiu La Princesse qui n’aimait pas... para a atriz Caroline Guyot (Barbarque Cie). Em outubro de 2020, criou Une Épopée contemporânea para o público jovem. Recebeu uma encomenda da SACD e do Festival d'Avignon no programa Vive le Subject, em 2020. Criou Le Process para adolescentes, com texto de Catherine Verlaguet. Em dezembro de 2023 dirigiu a sua primeira ópera na ONR Opéra National de Rhin, a convite de Alain Perroux, e encenou A Flauta Mágica. Em fevereiro estreou a primeira fase de Fucking Eternity - Oratorio débridé pour un Ange, e prepara a segunda fase deste projeto para outubro de 2024.
FICHA ARTÍSTICA
Conceção e encenação: Johanny Bert Texto: Encomenda feita a Yann Verburgh (exceção da cena 6 - entrevistas escritas pela equipa) Dramaturgia: Olivia Burton Colaboração na encenação: Philippe Rodriguez Jorda Interpretação: Yasmine Berthoin, Yohann-Hicham Boutahar, Rose Chaussavoine, George Cizeron, Enzo Dorr, Elise Martin Criação musical e interpretação em cena: Fanny Lasfargues Cenografia: Amandine Livet, Aurélie Thomas Construção da cenografia: Atelier du ThéâtredelaCité, Fabrice Coudert Figurinos: Pétronille Salomé, assistida por Manon Gesbert, Adèle Giard e pelos estagiários Manon Damez, Pauline Fleuret, Valentine Lê du TNS, Alice Louveau Marionetas: Laurent Huet, Johanny Bert, assistidos por Camille d’Alençon, Romain Duverne, Judith Dubois, Pierre Paul Jayne, Alexandra Leseur, Ivan Terpigorev, Benedicte Fey, Doriane Ayxandri, Franck Rarog e pelos estagiários Louise Bouley, Solène Hervé, Valentine Lê du TNS Desenho de luz: Gilles Richard Desenho de som: Tom Beauseigneur Direção técnica: Camille Davy Direção de cena: Pascal Bouvier Fotografias: Christophe Raynaud de Lage Administração, produção e desenvolvimento: Le Petit Bureau, Virginie Hammel, Nora Fernezelyi Produção: Théâtre de Romette Coprodução: Le Théâtre de la Croix Rousse, Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes de Charleville-Mézières, Le Bateau Feu - Scène Nationale de Dunkerque, Théâtre de la Ville - Paris, Malakoff Scène Nationale, Le Théâtre de la Cité - CDN Toulouse Occitanie, Le Sablier - Pôle des Arts de la Marionnette en Normandie, Le Sémaphore de Cébazat, Le Trident - Scène Nationale de Cherbourg-en-Cotentin. Espetáculo criado após uma residência no Théâtre de la Croix Rousse, outubro de 2022 Apoios: Espace Périphérique (Mairie de Paris – Parc de la Villette), do programa de inserção profissional de Ensatt, Institut Internationale de la Marionnette – no âmbito do projeto de apoio à inserção profissional da ESNAM, École de la Comédie de Saint-Etienne - DIESE # Auvergne-Rhône-Alpes. A companhia é convencionada pela DRAC Auvergne-Rhône-Alpes, Région Auvergne-Rhône-Alpes e a Ville de Clermont-Ferrand. O Théâtre de Romette é uma companhia em residência no Malakoff Scène Nationale. Johanny Bert é artista cúmplice do Théâtre de la Croix-Rousse - Lyon