Teatro de Marionetas do Porto (Portugal)
KITSUNE
CENTRO CULTURAL DA MALAPOSTA - Auditório
20 de maio às 20h (sáb) | 21 de maio às 16h30 (dom)
⇨ COMPRAR BILHETES Bilhetes: 9€ a 12€ (com descontos).
Técnica: Manipulação à vista Idioma: Sem palavras Público-alvo: +12 Duração: 50 min.
A morte esquece-se no ritmo acelerado do dia a dia, no afastamento da natureza, principalmente nos grandes centros urbanos, oculta-se essa realidade tornando-a algo que, apesar de inevitável, parece poder ser constantemente adiada.
Nas grandes cidades morre-se cada vez mais só.
Da reflexão sobre a morte surge também e inevitavelmente uma reflexão sobre a vida, sobre o estar vivo e sobre o antigo ritual de encontro e aceitação da morte como parte do ciclo natural.
Este projeto pretende ser um elogio da vida, do reencontro com a simplicidade, do brincar, do amar, do prazer encontrado nas pequenas tarefas diárias, do recordar sem arrependimentos e de calma, mas também de resgatar a possibilidade de dizer adeus.
Olhar a morte nos olhos, servir-lhe uma sopa quente e dar-lhe a mão.
"Vem do Oriente a mais recente criação das Marionetas do Porto. Kitsune, que significa 'raposa' em japonês, desafia-nos a uma reflexão sobre a morte que é acima de tudo um elogio da vida e um convite para restaurar rituais (...).
Cada peça do cenário, cada plano de cena é repleto de simbolismo e poesia, num equilíbrio justo, onde nenhum gesto é dispensável e todos os elementos constituem pontos que se ligam numa narrativa que se relata sem palavras (...)."
-Catarina Firmo, Sinais em Linha - plataforma de crítica e reflexão sobre artes performativas
BIO
O Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em setembro de 1988, data simbólica que coincide com a apresentação da companhia na seleção oficial do Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes de Charleville-Mézières. Numa primeira fase, centra a sua atividade na criação de espetáculos que resultam da pesquisa do património popular, destacando-se o estudo e reconstituição da antiga tradição portuguesa do Teatro Dom Roberto.
Por esta altura, na sequência de um convite da RTP, a companhia constitui uma equipa de criação alargada (Sérgio Godinho, Jorge Constante Pereira e Alberto Péssimo) que, durante cerca de dois anos, desenvolve vários projetos televisivos para crianças que viriam, de certa forma, a marcar uma geração e dos quais se destacam “A Árvore dos Patafúrdios” e “Os Amigos do Gaspar”.
A partir das raízes, a companhia começa a progredir, ao longo de diversas criações com um certo cariz experimental, no sentido da procura de elementos de modernidade na marioneta. Em 1994 João Paulo Seara Cardoso e Isabel Barros criam “3ª Estação”, espetáculo experimental e de cruzamento entre a dança e a marioneta.
A prática teatral da companhia revela uma visão não convencional da marioneta. A pesquisa vai no sentido de encontrar novas formas de conceção das marionetas, no limite objetos cinéticos, e novas possibilidades de explorar a gramática desta linguagem teatral, no que diz respeito à interpretação e à relação transversal com outras áreas de expressão como a dança, artes plásticas, música e a imagem.
Os espetáculos criados até hoje destinam-se a público adulto ou a público jovem e a atividade da companhia divide-se entre as apresentações na cidade do Porto, onde ao longo dos 31 anos criou uma forte corrente de público e uma intensa atividade de itinerância no país e no estrangeiro.
Após a morte de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010), Isabel Barros assumiu a direção artística da companhia. Em 2013, a companhia inaugurou o Museu das Marionetas do Porto, sonho do seu fundador João Paulo Seara Cardoso (1956-2010) e em 2016, foi aberto o Pólo das Marionetas/Quinta de Bonjoia, através do qual a companhia tem realizado um forte trabalho de integração social com as comunidades locais.
FICHA ARTÍSTICA
A partir de um conto de: Júlio Vanzeler Encenação e cenografia: Rui Queiroz de Matos, Júlio Vanzeler Marionetas e ilustração: Júlio Vanzeler Interpretação: Catarina Falcão, Micaela Soares, Vítor Gomes Figurinos: Patrícia Valente Música: Pedro Cardoso Desenho de luz: Filipe Azevedo Produção: Sofia Carvalho Design gráfico e assistência de produção: Pedro Ramos Operação de luz e som: Filipe Azevedo Técnicos de construção: João Pedro Trindade e Rosário Matos Confeção de figurinos: Carla Pereira Fotografias: Susana Neves Coprodução: CineTeatro Constantino Nery Estrutura financiada por: República Portuguesa - Ministério da Cultura | Direção-Geral das Artes Técnica: Manipulação à vista Idioma: Sem palavras Público-alvo: +12 (a classificar pela CCE) Duração: 50 min.