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A Barraca do Gregório (Portugal)

D. ROBERTO, O ALGARVIO

 

CASTELO DE S. JORGE

25 e 26 de maio às 16h (sáb, dom)
 

Técnica: Marionetas de luva Idioma: Português Público-alvo: Para todos (A classificar pela CCE) Duração: Aprox. 45 min.

 

Mais uma visita do Dom Roberto ao FIMFA, desta vez vindo de terras algarvias, pela mão de Jorge Soares!

 

RRRRRRRespeitavel público, sejam bem-vindos ao espetáculo de rrrrrobertos!!!!

 

D. Roberto e a Namorada
D. Roberto apresenta-se como um grande apreciador de música. Canta, toca tambor, até que a namorada Rosa aparece e ele só quer dançar. Porém, o baile é interrompido por outro pretendente da Rosa que provoca um reboliço e D. Roberto acaba por matar o rival. O seu coração já não faz truca... truca... truca... Por causa deste crime, D. Roberto vê-se sucessivamente confrontado com a Polícia, com o Diabo e o seu fogo e até pela própria morte, de onde sai sempre vencedor. O Roberto matou a morte... o Roberto matou a morte.... Quando finalmente se reencontram e depois de um pequeno desaguisado, D. Roberto e a Rosa selam o casamento com um beijo apaixonado.

 

O Burro Teimoso
Companheiros inseparáveis, D. Roberto e o seu Burro fazem-se à estrada. A certa altura, distraído pela populaça, o Burro recusa-se a continuar o passeio. Anda, burro… Anda, burro lindo.
D. Roberto, sem saber o que fazer perante tal teimosia, experimenta vários truques, sem qualquer resultado. Para cúmulo da situação, o Burro deita-se a dormir e é apanhado pelo Dragão de Fogo. D. Roberto, preocupado, procura-o por todo o lado. Fala com um Padre, encontra um Extraterrestre, lida um Touro… Mas do Burro ninguém sabe. 
Será que D. Roberto vai encontrá-lo? 
Isso é certinho. Ele é tão teimoso como o burro.

 

Descendentes do Pulcinella italiano, do guignol francês e do Punch inglês, os Robertos têm uma raiz extremamente popular, caracterizando-se pela sua voz única e pelas suas histórias curtas e cheias de ação, a maior parte das vezes, herdadas por tradição oral e adaptadas a cada realidade sociopolítica e religiosa.

 

Os Robertos chegaram aos nossos dias pelas mãos de bonecreiros como o Mestre António Dias ou de João Paulo Seara Cardoso, que dele recebeu o seu testemunho e manteve viva esta tradição. Eram frequentemente encontrados nas praias do Norte, nas feiras e romarias, e nas ruas e jardins das grandes cidades como o Porto e Lisboa. Com um novo bonecreiro, as suas histórias, personagens e o passar do tempo provocam o aparecimento de D. Roberto e a Namorada e de O Burro Teimoso.

 

BIO

Jorge Soares é natural de Faro e viveu quase sempre em Lagoa. Em Lisboa, concluiu o Curso Avançado de Fotografia do IPF – Instituto Português de Fotografia e abandonou o curso de Relações Internacionais, para receber formação teatral em vários cursos, workshops e seminários, nos domínios da Tragédia Grega, Expressão Dramática Corporal, Técnica da Máscara, Dança Criativa, Dramaturgia e Teatro de Marionetas.

Aos vinte anos, no Jardim da Estrela em Lisboa apaixona-se pelo Teatro D. Roberto nas mãos de João Paulo Cardoso.

Em 1996 assina a sua primeira encenação - As Três Abóboras de António Torrado - nas Ideias do Levante em Lagoa, associação cultural da qual foi sócio fundador.

Nasce A Barraca do Gregório e o seu principal herói, D. Roberto, O Algarvio, um espetáculo de teatro tradicional de Robertos, que, desde 1997, percorre o Algarve e outras zonas do país, participando inclusive em vários festivais.

Em 1999 é um dos 12 formandos que ingressou no Curso de Formação Atores, Técnicos e Animadores Teatrais da ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve. Entre 1999 e 2009 integrou o elenco da ACTA.

Em 2002 assina a sua primeira encenação na ACTA: Doubles ou Eles Eram Dois, de Michael Frayn. Em 2003 dirige O Nariz, um espetáculo de marionetas, máscara e atores, inspirado no conto homónimo de N. Gógol.

Tem igualmente exercido funções formativas, designadamente, de Expressão Dramática, para Auxiliares de Ação Educativa, bem como junto da comunidade surda do Algarve, e de Respiração, Voz e Dicção, em Cursos de Formação de Formadores. Em 2006 integra e partilha com Patrícia Amaral, Luísa Gonçalves, Carla Dias e Jeannine Trévidic, o projeto educativo da Companhia de Teatro do Algarve - VATe, premiado pela Gulbenkian, participando na encenação, construção e manipulação de vários espetáculos de marionetas.

 

FICHA ARTÍSTICA

Investigação, construção e ator-manipulador: Jorge Soares

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