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Renaud Herbin & Ljubljana Puppet Theatre (França-Eslovénia)

Open the Owl

 

SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Sala Mário Viegas
17 e 18 de Maio às 22h (qui, sex)

 

Estreia Nacional

BILHETEIRA ONLINE

Técnica: Marionetas de fios e vídeo Idioma: Esloveno, com legendagem em português Público-alvo: +10 Duração: 55 min.

 

Open the Owl é um olhar contemporâneo sobre a tradição. Neste projeto, Renaud Herbin reinterpreta e atualiza o teatro esloveno tradicional, recorrendo a ferramentas digitais e ao vídeo.

 

O Ljubljana Puppet Theatre para celebrar os seus 70 anos convidou Renaud Herbin a encenar um espetáculo que utilizasse parte do seu importante espólio histórico. Neste caso, uma importante coleção de marionetas antigas, de pequena dimensão, personagens de uma peça de repertório, criada em 1936, pelo marionetista esloveno Milan Klemenčič, com um castelet com 30 cm x 20 cm e um conto tradicional, Sovj grad - O Castelo da Coruja (Franz von Pocci).

 

A história original foi ampliada pela escritora Célia Houdart, no espírito de um conto filosófico. Esta é a história de um cavaleiro, vítima de uma maldição e transformado em coruja. É-lhe concedido um desejo a cada pena que tira. Ao pedir para se tornar Ministro de Estado, o herói assume o poder e mantém-no até o dia em que fica sem penas. Metamorfose, roubo de identidade, astúcia, mau uso do poder: a realidade dos seres está em constante mudança, e este é o terreno ideal para uma reflexão sobre a construção da ilusão.

 

Em Open the Owl, Renaud Herbin propõe abrir o castelet, como um exercício de dissecção. É como abrir uma máquina de criar ilusões. O espetador é convidado a entrar na fábrica das imagens. A partir de um palco minúsculo e cenários pintados de um teatro histórico, o olhar acede aos bastidores e ao que geralmente não é visto. O espaço desdobra-se e muda de escala, os pontos de vista são multiplicados pelo ritmo dos travellings e projeções de vídeo. Desmontagens e reviravoltas levam-nos "atrás" da imagem, no inverso da história.

 

Open the Owl foi criado no Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes de Charleville-Mézières de 2017.

 

"(...) Uma encenação audaciosa que abriu o castelet para revelar a arte do manipulador. Inteligente e inspirador, de fácil acesso a todos os públicos. Como revisitar e atualizar uma tradição, mas com vontade de tornar contemporâneo, um conjunto de marionetas portadoras de uma história já antiga? Este desafio de mobilizar para o tempo presente materiais marionetísticos e literários herdados do passado esloveno para chegar a uma audiência contemporânea, foi lançado pelo Teatro de Liubliana a Renaud Herbin, um talentoso marionetista e encenador.
Além disso, o uso do vídeo permite, pela captura ao vivo, mudar a escala e adaptar o espetáculo a uma maior dimensão (...). Em suma, um conjunto de ideias hábeis bem ligadas, modernas, mas que souberam preservar um lugar para a tradição, num espetáculo que é cativante e com muitos níveis de leitura.”
-Mathieu Dochtermann, Toutelaculture.com *****

BIO

Renaud Herbin é director do TJP - Centre Dramatique National d’Alsace Strasbourg, desde Janeiro de 2012. Fez a sua formação na École Supérieure Nationale des Arts de la Marionnette de Charleville-Mézières (ESNAM). Foi um dos fundadores e codirectores da companhia LàOù - marionnette contemporaine.

Encenou e interpretou diversos espetáculos visuais e sonoros, geralmente a partir de obras dramáticas ou literárias. Estreou recentemente Open the Owl, Wax e La vie des formes, criado no Festival d’Avignon de 2016. No FIMFA pudemos ver Actéon Miniature e Milieu (2014 e 2017).
Entre 2003 e 2008 desenvolveu o projeto Centres Horizons com o cineasta Nicolas Lelièvre: espetáculos e filmes de animação em torno de questões sobre o urbanismo nas cidades de Rennes, Buenos Aires e Berlim (Villa Médicis Hors-les-murs 2004).
Através das suas próprias produções e inúmeras colaborações artísticas (coencenações com Frédéric Fisbach, Robert Cantarella, Julie Bérès, Charlotte Nessi), mistura teatro, ópera, escrita contemporânea e dança, desenvolvendo uma linguagem visual singular, que coloca no centro da sua abordagem a ideia da manipulação, entendida como algo que liga os campos artísticos. Neste sentido, as suas criações contam com a presença de marionetas, atores, bailarinos, sons e imagens em interação no palco.
Célia Houdart, após dez anos dedicados à encenação de teatro experimental, dedica-se à escrita. Autora do texto Open the Owl, publicou quatro novelas, incluindo Carrare, que recebeu o prémio Françoise Sagan. No verão de 2016, a convite do Festival d'Avignon e SACD, criou com Renaud Herbin, La vie des formes.

 

FICHA ARTÍSTICA

Encenação: Renaud Herbin Texto: Franz Pocci, Célia Houdart Intérpretes: Maja Kunsič, Iztok Lužar Espaço cénico: Mathias Baudry Desenho de luz: Fanny Bruschi Música: Morgan Daguenet Vídeo: Nino Laisné Dramaturgia: Mateja Bizjak-Petit Marionetas: Zoran Srdić, Zala Kalan, a partir das marionetas históricas de Milan Klemenčič (1936) Colaboração artística: Aïtor Sanz Juanes Fotografias: Jaka Varmuž Produção: Lutkovno gledališce Ljubljana Coprodução: TJP - Centre Dramatique National d’Alsace Strasbourg

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