PRÓXIMA ANTERIOR

Teatro de Ferro (Portugal)

OLO - um solo sobre um solo

 

TEATRO TABORDA

8 e 9 de Maio às 21h30 (ter, qua)

 

BILHETES À VENDA NO TEATRO TABORDA

Técnica: Manipulação à vista Idioma: Sem palavras Público-alvo: +12 Duração: 50 min.

 

No início era eu e uma marioneta num espaço vazio. Era eu a descobrir o que esta marioneta era capaz de fazer. Com a insistência e a repetição, compreendi que era a própria marioneta que (se) estava a descobrir. Percebi então que este era um solo sobre um solo.


Esta peça de marionetas é animada por uma questão: será que é possível representar o que acontece quando nos fechamos sozinhos numa sala de ensaios, num atelier com o objetivo de criar uma coisa nova? O que se descobre e o que se inventa nesta quimera? O que é que já lá estava? O que regista a caixa negra? Estaremos realmente sozinhos quando estamos em cena a solo? De que nos serve o que vivemos, lemos, sonhamos, desejamos, tememos... De que nos serve o que já foi feito por outros, noutros tempos e noutros lugares?


É também sobre o papel da memória enquanto processo de evocação que se relaciona com a vida a acontecer (um processo de descoberta) de que nos fala esta peça.


O assunto é eventualmente demasiado sério, felizmente está em boas mãos - foi entregue a uma marioneta. Olo pode ser também o nome do homenzinho que observamos, como quem observa uma criança estranha que brinca com tudo e com nada. Uma criatura que persiste na hesitação entre observar e construir o mundo que habita, ou nos convida a habitar.

 

"Um solo sem s — s de sujeito? S de suspeita? S de sombra? S de sonho? S de solo? de ...$? S de quê?
O uno e o múltiplo, o um e o outro, mostrar e esconder, conter e ser contido, contar e ser contado, são algumas das ideias que percorremos nesta criação onde se adivinham ressonâncias provenientes de universos tão distintos como o de Jorge Luís Borges, Andrei Tarkovsky, Ágota Krystóf ou Heiner Muller, entre outros..."
- Igor Gandra 

 

OLO - um solo sobre um solo estreou no FIMFA Lx14.

 

BIO

O Teatro de Ferro surgiu em 1999. Criado inicialmente como um rótulo para as criações de Igor Gandra e Carla Veloso, o projeto foi evoluindo gradualmente para a condição de estrutura profissional de criação.
A escolha deste nome, Teatro de Ferro, pressupõe uma noção de matéria primordial, resistente e ao mesmo tempo mutável: este processo de transformação continua a inspirar o grupo. O trabalho da companhia tem sido desenvolvido no campo do teatro de e com marionetas e objetos. É um projeto que assenta numa lógica de investigação em que a marioneta tem assumido um valor matricial, nas suas hibridações possíveis, tentadas e tentadoras. As relações, do corpo-intérprete com o objecto manipulado e a implicação de cada espectador na construção desta relação, são linhas de reflexão transversais à prática artística do TdF. Os espetáculos realizados devem ser inscritos nas formas teatrais e dramatúrgicas que colocam a palavra num plano de igualdade em relação a outras linguagens e a promoção da dramaturgia contemporânea portuguesa é um traço caracterizador do seu projeto artístico, pelo que a companhia tem trabalhado principalmente com textos originais de autores portugueses.
O TdF tem vindo a alcançar públicos heterogéneos e as parcerias improváveis, a procura de contextos alternativos aos circuitos das artes do espetáculo, a intensa atividade itinerante, a criação destinada aos mais jovens e os projetos de ação cultural são os gestos mais claros no percurso da companhia.

 

FICHA ARTÍSTICA

Encenação, cenografia e interpretação: Igor Gandra Música: Carlos Guedes Desenho de luz: Rui Maia Assistência de encenação: Carla Veloso Vídeo de cena: Igor Gandra (conceito), Riot Films (imagem e edição), Carla Veloso, Eduardo Mendes, Fátima Fonte, Hernâni Miranda (manipuladores) Mariana Figueroa (montagem de luz) Direção de montagem: Eduardo Mendes Montagem e operação de luz: Mariana Figueroa Operação de som: Carla Veloso Realização plástica: Eduardo Mendes e Hernâni Miranda Confeção de figurinos: Ana Ferreira Fotografias: Susana Neves Estrutura Financiada por: República Portuguesa - Ministério da Cultura / DGArtes

x